Agências dos Correios todos os dias correm contra o relógio para atenderem seus clientes e balcão. O sistema de pré-postagem da AGF também precisa estar apto a atender toda essa demanda, porém a maioria dos sistemas não conseguem acompanhar as mudanças que os Correios realizam, e aqui inicia-se um grande problema.
Conheça o Sulivan
Desde 2013, ano que ingressei na Santana Solutions, participei de diversas implantações de AGFs, assim como prestei suporte a muitas delas. Algo que chamou a atenção nessas agências eram os constantes problemas que ocorriam com os sistemas de pré-postagem das mesmas. Ano passado, 2016, tornei-me representante de suporte do sistema SECT na SPM e sigo acompanhando as mudanças tanto no sistema dos Correios (SARA) quanto nos demais sistemas de pré-postagem. Abaixo listarei alguns dos problemas que encontramos:
SRO Fora do Ar
Ano passado houve um problema grave onde o site do SRO principal saiu do ar, deixando clientes “cegos” quanto a situação de suas postagens. Os dois principais sistemas de gerenciamento de postagens presentes em uma média de 95% das agências franqueadas do Brasil não estavam preparados para tal ocorrência e o resultado foi de muitos clientes insatisfeitos, pois por mais que seja uma mudança nos Correios, o cliente culpará a AGF.
Os Correios corrigiram a falha, no entanto levou muito tempo. O sistema SECT já havia implantado a integração com o SRO 2, logo, tanto as agências com o sistema quanto seus clientes não tiveram problemas para rastrear.
Exigência dos dados de destinatário nas Médias Postagens
Para dar conta da quantidade de postagens diárias, as agências precisam utilizar os conhecidos “robôs de digitação” onde os mesmos pegam as informações digitadas no sistema de pré-postagem e no SARA ele digita automaticamente essas informações. O problema foi que sem qualquer aviso, os Correios passaram a exigir na postagem do sistema SARA os dados completos do destinatário e nenhum desses robôs não estavam preparados para coletar essas informações, uma vez que não eram obrigatórias. Resultado disso foi o acúmulo de objetos nas agências e a necessidade de digitar objeto por objeto no sistema dos Correios, que é muito lento e não existem terminais suficientes nas agências para atender a demanda.
Os principais desenvolvedores dos sistemas foram pegos de surpresa e desesperadamente estavam atrás de uma correção emergencial, porém sem sucesso. A maioria das agências, nesse dia trabalharam até 20h / 21h para conseguirem postar todos os objetos. Na contramão, os clientes do sistema SECT também sofreram com o problema, mas às 11h do mesmo dia, já havia uma solução preventiva para o problema e as agências não enfrentaram problemas quanto a isso.
Utilização Obrigatória do SVP
Houveram muitas ocorrências de Fraudes de Etiquetas SIGEP nos Correios, veja aqui nossa publicação sobre o ocorrido. Como resultado, a ECT obrigou as agências a utilizarem o Webservice SVP, que valida as postagens do tipo PLP conferindo tanto os dados de cubagem do objeto quanto os dados do destinatário. Hoje as agências ainda utilizam o webservice para validarem as postagens, mas esse sistema requer a conferência de objeto por objeto, gerando retrabalho e por ser lento, diminui o rendimento da AGF. Através de uma reunião em Brasília no ano passado, os Correios apresentaram aos principais desenvolvedores a API de integração com o sistema e o SECT rapidamente disponibilizou a integração aos seus clientes e hoje eles já fazem a conferência em lote automaticamente.
Esses foram alguns dos principais problemas que observei. No entanto, utilizarei meu espaço aqui para compartilhar e discutir as novidades na tecnologia tanto no ambiente Correios quanto no mundo. Fique à vontade para interagir nos comentários abaixo. Terei o prazer em respondê-lo(a)!
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